quarta-feira, 31 de dezembro de 2014
Igualdade de oportunidades
quarta-feira, 3 de dezembro de 2014
Reunião Pública descentralizada CML
segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
Depressão metropolitana
Interessante a visão da carruagem do metropolitano na linha verde pela manhã...
Acho que posso afirmar que "ainda sou do tempo", isto porque já levo cerca de 15 anos de uma rotina de utilização regular do metropolitano. Ainda sou do tempo em que as caras me pareciam familiares, onde era fácil um desabafo do tipo "isto hoje está cheio" e onde observava bastante melho o que se passava.
O efeito social de ler as capas dos livros dos outros, de feito mirone alcançar as gordas do jornal alheio e incrédulo ouvir uma expressão habitualmente berrada "Tou no metro e não te oiço!".
Bom hoje, na viagem de casa para o trabalho, registo que:
- Ainda existe gente a ler livros no metropolitano,
- Observei a destreza de uma senhora, na casa dos 50, a fazer um pequeno bordado,
- Pequeno grupo de senhoras que se encontram antes do trabalho, começando o social mais cedo
- Mas a esmagadora maioria vai agarrada ao smartphone, com a coluna cervical bem dobrada e sequiosos por encontrar um wi-fi (onde dou conta que me insiro e devo melhorar!)
Sinais do tempo...
E de pensar que o meu avô cortejou a minha avó na paragem de um elétrico em campo de ourique...e com subtileza dizia-me orgulhoso:
Era a forma de lhe ver os calcanhares quando subia ao carro elétrico em frente ao Canas...
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
Inclusão e acessibilidade
Há já algum tempo que me intriga o critério de seleção de quais serão as portas de acesso e saída do metropolitano na estação Roma, linha verde.
Esta estação integra o conjunto de estações originais do metropolitano, altura em que não existia uma preocupação evidente com a mobilidade reduzida ou mesmo a inclusão.Na verdade esta estação sofreu obras de beneficiação há alguns poucos anos, mas negou o acesso aos seus utentes com mobilidade reduzida.
O elevador existente faz o percurso da linha às bilheteiras, quase como que fazendo questão de deixar de fora os acessos difíceis e condicionados por limitações funcionais.
Curiosa a opção de manter o canal destinado a pessoas com mobilidade reduzida (ex. Pessoas com cadeiras de rodas, jovens surfistas com prancha, turistas com malas, etc) encerrado para o acesso à linha.
Começo a perguntar-me se o plano de acessibilidade pedonal não devia tocar também nesta realidade (sei que prevê tocar), ou se os operadores de transportes públicos não deveriam ser obrigado a cumprir alguns critérios que salvaguardassem a progressiva acessibilidade universal deste bem comum.
Registo que, na entrada do sentido Telheiras - Cais do Sodré, pelo nova porta criada pelas obras, o canal acessível serve apenas para sair.
sexta-feira, 21 de novembro de 2014
A cidade dos pequenos
Dia 20 Novembro celebramos o dia da declaração dos direitos da criança, texto fundamental que em 2014 alcança os seus 25 anos.
No interior deste texto diria que se encerram várias expressões que visam sempre dar voz àquilo que se entendeu chamar de "superior interesse da criança". Esse superior interesse poderia ser resumido como uma busca pela felicidade e o caminho encontra-se expresso nos seus artigos como forma de suprir as necessidades básicas das crianças neste caminho feliz.
É evidente a visão muitas vezes redutoras das capacidades limitadas das crianças ou até mesmo a atribuição de um estatuto quase equiparado a "estagiário de idade adulta".
A verdade é que a declaração dos direitos das crianças veio firmar o compromisso com a infância, com o respeito pelo processo de desenvolvimento pessoal e a garantia da individualidade do ser pessoa.
A verdade é que também a cidade, território repleto de desafios, aventuras e oportunidades de aprendizagem deve estar ao serviço dos mais pequenos.
É relevante no planeamento das nossas cidades desenvolvermos melhor a independência de mobilidade, a segurança e os espaço de aprendizagem informais.
Isto porque somos gente comprometida com a felicidade das crianças e sabemos que o futuro das nossas cidades a eles pertence.
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
A segurança "à camões"
terça-feira, 30 de setembro de 2014
Primeiro ano de reforma administrativa de Lisboa
Em Lisboa todo o processo de reorganização das forças governativas começava um pouco antes, com a publicação da Lei 56/2012, de 8 de Novembro, algo que viria a reduzir sensivelmente para metade o número de freguesias e criava uma rede de cooperação com novas capacidades para as freguesias.
Mapa das novas freguesias de Lisboa (fonte: Sítio da Câmara Municipal de Lisboa) |
Nada tenho contra o processo, o resultado a que chegámos ou mesmo a visão de economia de recursos. Antes assumo que parte da visão poderá ter sido toldada pelos tempos de crise económica e financeira, pela necessidade cega de cortes orçamentais e dificuldades na gestão da coisa pública.
Afinal de contas será que alterações estruturais na relação dos cidadãos com o Estado deve ser concretizada em tempos de resgate financeiro?
Sim pode! No entanto, e para termos a certeza que a mudança produziu os efeitos positivos e que temos informação que nos permita mudar o menos bem conseguido seria relevante que se introduzissem metodologias de avaliação sérias e isentas ao longo do mandato de teste - ou seja o atual mandato.
Até ao momento apenas registei um relatório de monitorização, produzido pela Assembleia Municipal de Lisboa. Foi em Julho passado que foi aprovado por maioria o 1º Relatório de Monitorização do Processo da Reforma Administrativa de Lisboa, documento que lança algumas pistas sobre o estado atual de Lisboa reformada, mas que peca pela sua parcialidade e falta de se concretizar como um ponto de situação real das novas 24 freguesias.
Na realidade a divisão territorial de Lisboa encontrava-se estabilizada desde 1959, altura em que foi publicado o Decreto-Lei 42142, de 7 de Fevereiro de 1959 e que registava uma Lisboa que se expandia e que havia duplicado a sua população em cerca de 50 anos.
É verdade que os tempos, os orçamentos, os meios e as pessoas eram outras. A própria sociedade tinha uma forma de organização bastante distinta na vivência da democracia, que então não existia.
Hoje é dia de dar os parabéns às 24 Assembleias de Freguesia eleitas há um ano, aos executivos eleitos pelo poder deliberativo, mas principalmente deveria ser dia de avaliar o primeiro ano de governação.
Infelizmente tudo fica um pouco às sortes da satisfação popular, sem ferramentas de avaliação que sejam voluntárias e isentas, mas com processos de monitorização que ainda pecam pela sua fragilidade e parcialidade.
Porque o mandato já leva 1/4 da sua duração, esperemos que nos próximos anos ganhemos transparência e rigor através de avaliações participadas e partilhadas com as comunidades.
terça-feira, 23 de setembro de 2014
As inundações de Lisboa (ontem) e a proposta 488/CM/2014 (hoje na AML)
To: presidente@am-lisboa.pt; aml@cm-lisboa.pt
Cc: aml.ps@cm-lisboa.pt; aml.ppd_psd@cm-lisboa.pt; aml.cds_pp@cm-lisboa.pt; aml.pcp@cm-lisboa.pt; aml.be@cm-lisboa.pt; aml.indepentes@am-lisboa.pt; aml.mpt@cm-lisboa.pt; aml.osverdes@cm-lisboa.pt; aml.pan@am-lisboa.pt; aml.pnpn@am-lisboa.pt
Subject: Considerandos de um cidadão sobre as inundações de Lisboa (ontem) e a proposta 488/CM/2014 (hoje na AML)
terça-feira, 9 de setembro de 2014
Queda de árvores e cidadania - Bairro das Estacas
6 de Setembro de 2014, perto das 9h00...
Noite mal dormida e uma alvorada sobressaltada com um barulho algo intenso e a constatação "caiu uma árvore no jardim".
Felizmente não caiu em cima de ninguém, nem de nenhum bem, mas é novamente um alerta que este jardim da década de 50 do século passado precisa de uma requalificação.
Àrvore caida (6/9/14), jardim do Bairro das Estacas, Alvalade - Lisboa |
Óbvio que a resposta ao fim de semana é bastante mais reduzida, sendo que em caso de emergência ou perigo eminente contaríamos com a prestimosa ação dos nossos Sapadores Bombeiros.
Logo a novidade era vista pelos pequenos que chegavam ao parque, ainda tive oportunidade de trocar duas ou três palavras com uma família que havia chegado ao local pouco depois da queda da árvore. Concordavam que o espaço precisa de uma requalificação profunda, são demasiados anos de remendos e de certa forma preocupavam-se porque seria um dia de brincadeiras supervisionadas.
Árvore caída e as primeiras crianças (6/9/2014) Bairro das Estacas, Alvalade - Lisboa |
Um conjunto de garotada cá do bairro, deram bom uso à nova atração e de certa forma deram uma boa lição de cidadania à vizinhança.
Árvore caída - a nova atração(8/9/2014) Bairro das Estacas, Alvalade - Lisboa |
A cidadania também é feita destes pequenos gestos, de simples "Bora lá avisar a Junta".
A brincadeira terminaria pouco depois com a chegada da equipa dos espaços verdes e jardins, pese embora esta tenha vindo munida de uma motoserra os pedaços continuam por cá escondidos por baixo do nosso prédio.
O desmanche da árvore (8/9/2014) Bairro das Estacas, Alvalade - Lisboa |
Concluí com toda esta experiência que em Alvalade não somos exceção, as "árvores morrem de pé".
quarta-feira, 3 de setembro de 2014
Reforma Judiciária...em estado Citius
Este é um tema que integra diretamente a componente social das nossas cidades, um pouco por todo o Portugal, havendo em alguns lugares a necessidade de imprimir mobilidade aos cidadãos para acesso à justiça (agora especializada) e em alguns casos inclusivé a vacatura de edifícios destinados ao serviço da Justiça.
Uma coisa é certa, grande parte das dificuldades foram sendo trazidas à ordem do dia aos poucos pela comunicação social. Hora surgiam os planos, de repente a convocatória dos militares para mudanças, a questão do próprio quadro de pessoal, a alteração da vocação dos vários tribunais e respetivas competências e por fim toda uma nova organização que implica diretamente com a vida de todos os que desempenham funções dentro do sistema judicial.
De todas as questões frágeis e delicadas não poderia, em pleno século XXI, ser deixada de fora a questão das ferramentas de comunicação e informação, sendo urgente que a plataforma eletrónica estivesse pronta para o arranque desta nova fase.
Logótipo da plataforma citius |
Aqui poderia gastar todo o meu latim, no entanto não tenho assim tanta capacidade ou sou um conhecedor do nosso sistema jurídico nacional.
Talvez o único contributo que possa mesmo dar será apoiado numa lógica de "treinador de bancada", mas tentarei ser um treinador olímpico neste tema:
- As expectativas em torno de uma plataforma eletrónica, integra a estratégia de e-governace, a qual não pode ficar refém de mecanismos de manutenção e implementação - importa utiliza-la para reduzir a morosidade e distanciamento entre os cidadãos e o Estado;
- Os meios de comunicação social atuais são peritos em vender a desgraça alheia, o horror e o drama, mas de facto fica um pouco a ideia expressa por Fernando Pessoa na conclusão do seu poema "O Infante" a célebre expressão - "Falta cumprir-se Portugal"
- Passados 3 dias só me ocorre a célebre expressão popular "Um é bom, dois é mau e três é demais"...será tempo de dizer que à terceira é de vez (em vez de afirmarmos que não há duas sem três?)
O próprio lema Olímpico Citius, Altius Fortius (mais rápido, mais alto e mais forte) seria uma boa forma de canalizar as energias para reforçar a forma e a missão do Estado Português.
Concluo reforçando que toda a reforma pode ter uma maior eficácia quando todos se movem no mesmo sentido, quando existe uma verdadeira compreensão e colaboração das partes envolvidas e neste caso parece-me que algo não foi tão bem conseguido - resta saber o que em concreto.
terça-feira, 29 de julho de 2014
Os impostos de Lisboa ou "A vida Costa!"
Na altura a iniciativa mereceu inclusive uma campanha, com honras de vídeo e tudo...
Mas, nessa mesma altura, esta redução já era notícia antiga, dado que no mês anterior o sítio de internet Economias divulgava que eram na verdade 72 municípios que devolviam parte do IRS aos seus habitantes, notando que no máximo as autarquias ficam com 5% desta taxa.
Em Lisboa abdicou-se de metade da receita, apesar de em metade do País se ter optado pela aplicação dos 5% de taxa máxima que entra diretamente nas receitas da própria autarquia.
Em Julho deste ano percebemos algumas coisas sobre estas taxas:
1 - Metade das autarquias aplicou a taxa máxima de 5%
2 - Algumas autarquias aplicam-nas por se tratar de um requisito para serem elegíveis a Programas de Apoio à Economia Local
Nunca pensei é que de Abril até a Verão tanta coisa indicasse que o caminho afinal é outro...
Ora então estávamos todos tão bem instalados numa cidade onde o orçamento era tão amigo dos contribuintes, de forma a cortarmos até por metade a receita por via de impostos e neste mês de Julho são já dois os casos que surgem no período de férias:
1 - "Câmara de Lisboa vai regulamentar taxa sobre o lixo e pede ao Governo receitas do IVA"
Na prática a CML alega que não é bem uma nova taxa, mas sim a concretização de uma taxa que não era posta em prática até aqui.
E claro que a situação financeira é sólida, só numa de precaução pretende-se agora renegociar a Lei das Finanças Locais dando origem ao reforço de receitas por via de uma comparticipação nos proveitos de IMT, IVA, IRS, IRC...
2 - "Câmara de Lisboa quer vender nove edifícios e quatro terrenos para construção"
Nove edifícios e quatro terrenos espalhados por Lisboa e que devem render um reforço de 37,5 Milhões de Euros, inseridos num conjunto de 4 procedimentos de hasta pública.
O que mais me deixa preocupado é ver a CML vender o Quartel dos Sapadores de Lisboa, localizado entre o Hospital da Luz e o Centro Comercial Colombo, coincidências talvez...
Na verdade parece que o sólido, equilibrado e robusto orçamento autárquico está com algumas dificuldades em cumprir a sua função de garantir a vida da cidade.
Esperemos que no meio disto tudo a desconcentração dos serviços e a construção da rede de proximidade aos munícipes através da Juntas de Freguesia consiga cumprir - afinal de contas ficaram com mais habitantes, território, competências e também verbas.
Talvez seja altura para vaticinar que em Lisboa...A vida Costa!
quarta-feira, 2 de julho de 2014
A forma justa
Foi levada hoje ao Panteão Nacional, juntando-se assim a outras figuras que ajudam a moldar a imagem e identidade de um País, reforçando a literacia, cultura e valores humanos.
Que na história perdure a sua memória ajudando as futuras gerações a compreenderem de onde lhes surgem as origens, ao mesmo tempo que colocam os olhos no futuro.
As cidades poderiam ser claras e lavadas ,
Pelo canto dos espaços e das fontes
O céu o mar e a terra estão prontos
A saciar a nossa fome do terrestre
A terra onde estamos — se ninguém atraiçoasse — proporia
Cada dia a cada um a liberdade e o reino
— Na concha na flor no homem e no fruto
Se nada adoecer a própria forma é justa
E no todo se integra como palavra em verso
Sei que seria possível construir a forma justa
De uma cidade humana que fosse
Fiel à perfeição do universo
Por isso recomeço sem cessar a partir da página em branco
E este é meu ofício de poeta para a reconstrução do mundo
Sophia de Mello Breyner Andresen, in "O Nome das Coisas"
sexta-feira, 20 de junho de 2014
Vandalismo no Bairro das Estacas (Freguesia de Alvalade - Lisboa)
Estamos perante um conjunto habitacional do movimento modernista, onde a construção imperante seguia um modelo de ilhas, prevendo que cada uma das células do Bairro de Alvalade tivesse o essencial para se considerar uma comunidade de proximidade.
Na atualidade a Freguesia de Alvalade conta com cerca de 30 000 eleitores, sendo o seu território a fusão das antigas freguesias de Alvalade, Campo Grande e São João de Brito, por força da reorganização administrativa da cidade de Lisboa.
Até aqui tínhamos tudo para uma exposição brilhante, de enriquecimento cultural, mas hoje a preocupação central é a segurança urbana e a preservação do património das famílias que por aqui habitam.
Temos tido uma preocupação redobrada nos últimos tempos com pequenos focos de incêndio em caixotes de lixo, sendo que a zona conhecida como Bairro das Estacas tem tido várias alvoradas adiantadas por força de chamas ou surpresas matinais com caixotes danificados.
Fig. 1 - Caixote vandalizado (registo 7/06/2014) |
Fig. 2 - Casa de apoio Mercado do Levante após reparação (18/06/2014) |
Obviamente que bem antes de publicar aqui estes registos tomei a iniciativa de escrever à 18ª Esquadra da PSP - Campo Grande, com conhecimento à Junta de Freguesia de Alvalade, solicitando a sua intervenção na promoção de um policiamento de proximidade e ativo.
Sobre vandalismo mais haveria a dizer, como a presença dos inúmeros registos de rabiscos a spray (não aquilo não pode ser considerado graffiti ou sequer qualificar-se como arte urbana), parques infantis e bancos de jardim danificados - entre outros.
Se por ventura notou algo semelhante, não deixe de usar o seu telemóvel - tire uma foto e envie para as entidades competentes. Desta forma todos participamos na construção de uma comunidade que se preocupa com todos e partilha as responsabilidades.
sábado, 14 de junho de 2014
Assembleia de Freguesia de Alvalade - 15/4/2014
Como cidadão, residente e eleitor nesta freguesia, resolvi dirigir-me à mesma procurando alguns esclarecimentos para questões que me parecem pouco claras no contexto de obras públicas que aqui têm acontecido.
Foi uma notícia em cima do acontecimento, sendo que apenas me apercebi da mesma por ter o hábito de ver as novidades na montra da Junta de Freguesia, mas mesmo assim resolvi dirigir-me novamente a este espaço de construção da nossa comunidade.
Partilhei um texto com algumas preocupações, o qual podem consultar nesta ligação, tendo como principal objetivo falar de:
- Perceção da informação pelos fregueses e a dificuldade em conhecerem que podem intervir nestes espaços públicos;
- Propostas de melhoria no projeto "Zona 30 - Bairro das estacas", pois apesar de ser um projeto da Câmara Municipal de Lisboa, também a Junta de Freguesia foi ouvida em devido tempo e interferiu no mesmo.
quinta-feira, 22 de maio de 2014
Laboratórios Vivos e trabalho em rede
Podemos pensar que esta é uma realidade quase pós-moderna, apenas possível em países tecnologicamente avançados, mas pasmem-se os mais incrédulos que esta é uma realidade que já começa a estar bem enraizada um pouco por toda a Europa e, como não podia deixar de ser, também em Portugal.
Fig. 1 - Mapa de implantação retidado do sítio da European Network of Living Labs |
São vários o assuntos sobre os quais temos notado a criação de Laboratórios Vivos, são diversas as parcerias de sucesso criadas e registamos que no âmbito das cidades surge uma notícia no início do mês de Maio de 2014 precisamente sobre o assunto.
Desta feita, a notícia é avançada a 5 de Maio 2014, pelo Jornal "Público" com a criação do Rener - Living Lab.
Entre as várias oportunidades que este trabalho em rede introduz um é flagrantemente apontado para o futuro das nossas comunidades, apostando significativamente na eficiência energética, mas também na introdução de meios que favoreçam a mobilidade sustentável.
Mais do que uma opção programática, é uma opção estratégica para o futuro e pessoalmente dou os parabéns às autarquias de Sintra, Porto, Vila Nova de Gaia, Loures, Cascais, Braga, Almada, Guimarães, Coimbra, Leiria, Viseu, Setúbal, Viana do Castelo, Aveiro, Torres Vedras, Santarém, Faro, Évora, Castelo Branco, Guarda, Beja, Portalegre, Bragança e Vila Real que se mostram empenhados na partilha e construção social no espaço nacional.
Ficaremos atentos a futuros desenvolvimentos, apesar de dificuldades para já identificadas.
sexta-feira, 16 de maio de 2014
Estão abertas as Eleições Europeias
Imagem retirada do gabinete Europedirect |
Um pouco por todas as localidades nacionais o processo está já em marcha, observando-se as ações de campanha, tempos de antena e notícias.
Notem também que o próprio ato eleitoral já começou, neste momento aberto decorre o período de voto antecipado que garante aos cidadãos e às cidadãs que pela natureza da sua vida escolar ou familiar não possam deslocar-se à sua mesa de voto no dia das eleições.
Em Lisboa as urnas estão abertas de 15 a 20 de Maio para quem se enquadre nas situações de voto antecipado.
Podem consultar o edital n 30/2014 sobre as Eleições Europeias - Voto antecipado.
Notem que desta vez as regras mudaram e o voto não se prende apenas com a escolha da representação parlamentar, mas também com o próprio presidente da Comissão Europeia.
quinta-feira, 8 de maio de 2014
Workshop a Calçada Passo a Passo
Já foi exportada para lugares longínquos e mesmo assim, continua polémica pelas suas características que teimam a satisfazer as necessidades de uns e a colocar outros com os cabelos em pé.
Fig. 1 - Brasão da Freguesia de Alvalade no espaço do Chafariz de Entrecampos |
Em todo o caso é curiosa a iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa que leva a cabo um curso, precisamente numa altura em que parece investir em outros elementos em prol de uma melhor acessibilidade aos locais, rompendo com a utilização do granito que até aqui proliferava.
Esperemos que os que debatem sobre os benefícios e maleitas da calçada frequentem esta oficina e depois falem com conhecimento de causa....
Workshop a Calçada Passo a Passo
(http://www.cm-lisboa.pt/noticias/detalhe/article/workshop-a-calcada-passo-a-passo)
Esta atividade realiza-se nas instalações da Escola de Calceteiros, da Câmara Municipal de Lisboa, tendo como objetivos transmitir conhecimentos sobre as técnicas de execução da calçada portuguesa, através de exercícios práticos, bem como ensinar as etapas de execução da calçada, a partir de um molde.
Caso queira participar envie um e-mail para escoladecalceteiros@cm-lisboa.
A atividade é gratuita.
A data ficará sujeita a alterações, caso não se reúna um número mínimo de 12 participantes.
Para mais informações contacte:
Escola de Calceteiros
Quinta Conde dos Arcos
Av. Dr. Francisco Luís Gomes, 1800-180 Lisboa
Tel.: 21 855 06 90
E-mail: escoladecalceteiros@cm-lisboa.
terça-feira, 6 de maio de 2014
Conselho Municipal da Juventude de Lisboa
Figura 1 - Cartaz disponível no Sítio Internet Pelouro Direitos Sociais - CML |
Um Conselho que, apesar de criado em 1991, tem tido bastante dificuldade em viver regularmente na dinâmica da cidade e das sucessivas vereações. Sendo que o mais flagrante é que o próprio conceito, que até alguns anos atrás era uma mera boa prática, desde 2009 tem a força legal determinada pela Lei nº 8/2009, de 18 de Fevereiro - Regime Jurídico dos Conselhos Municipais da Juventude.
No sítio de internet da Câmara Municipal de Lisboa encontramos a este respeito a seguinte frase:
A 12 de abril de 2012 teve lugar, na Sala do Arquivo dos Paços do Concelho, a última reunião realizada por este órgão que contou com a presença do vereador com o Pelouro da Juventude, Manuel Brito, representantes das juntas de freguesia e membros de várias associações de estudantes do Ensino Secundário e Superior e diversas organizações de jovens
Esperemos que este novo impulso venha não só a finalmente criar a estrutura, mas também a dar-lhe uma dinâmica de regularidade, o caráter consultivo e construtivo que deve ter.
Surgindo agora como uma ação no âmbito dos Direitos Sociais peca apenas pela pouca clareza da sua composição e parca informação dos trabalhos em curso.
Para já a iniciativa conta com esta informação.
Aguardemos por mais notícias!
quarta-feira, 16 de abril de 2014
Lisboa de Bike
Imagem com direito da Polícia de Segurança Pública retirada do facebook oficial |
quarta-feira, 12 de março de 2014
Futuro de Lisboa - As pedras da calçada podem vir a chorar?
Fig. 1 - Emblema da Cidade de Lisboa em Calçada Portuguesa na Av. Almirante Reis (27/06/2013) |
Registo com bastante alegria uma citação retiro do artigo do jornal "O Público":
"Pedro Homem de Gouveia, coordenador do Plano de Acessibilidade Pedonal da Câmara de Lisboa (CML), afirmou que “a cidade não está preparada para o tsunami demográfico que está a acontecer” – o envelhecimento da população"
Isto só me acresce uma preocupação, mas afinal os executivos autárquicos têm centrado a sua ação em manter a cidade na mesma situação demográfica ou será que temos tido ação para inverter a perda populacional (e talvez civilizacional)?
É simples a resposta, basta olharmos os documentos produzidos nos últimos tempos e observamos rapidamente que a Câmara Municipal de Lisboa, esboçou uma visão integrada para o envelhecimento ativo da sua população idosa, sendo o trabalho nas áreas de competência da Vereadora Ana Sara Brito, tendo vindo a público o Plano Gerontrológico Municipal.
Infelizmente ainda não consegui foi encontrar nenhum Plano Municipal para as crianças e jovens, até mesmo a própria prática dos Conselhos Municipais tem estado bastante aquém do expectável nesta Lisboa participativa e que começou a funcionar em rede.
Mas voltando ao tema da calçada, este debate tem sido focado no domínio da preservação do património cultural e histórico, nos traumatismos tíbio társicos e na alternativa por superfícies empedradas, o que me faz resgatar a rábula do Ricardo Araújo Pereira sobre este tema:
Temo que Lisboa caminhe para uma eterna questão sobre materiais de construção e pouco sobre o investimento na pessoa, só espero que todo este debate, que é importante fazer-se, não consuma todas as energias sob pena de qualquer dia termos apenas as pedras da calçada a chorar pela falta de juventude em Lisboa.
segunda-feira, 10 de março de 2014
Comunicação deficiente - Obras públicas
Numa qualquer terça-feira de Carnaval, no ano de 2014, talvez pela ausência de feriado encontrava-se aberto e resolvi registar as alterações deste edifício.
Fig. 1 - Vista da E. S. Rainha D. Leonor - Lisboa (4/03/2014) |
Houve uma obra de ampliação interessante e uma preservação ampla das antigas instalações, aproveitando este período de 2009 - 2011, durante as intervenções da Parque Escolar, para promover a sua melhoria global.
Aviso já que não entrei no edifício, fiquei-me pela portaria atual e noto que esta não é de facto a porta originalmente planeada para o edifício.
Nesta obra de melhoria, uma fácil constatação prende-se com a deslocação da porta principal, permitindo um novo acesso às instalações, existe inclusive nessa porta uma passadeira de peões (visível na figura 1) mas...
Fig. 2 - Vista do antigo acesso do edifício da E.S. Rainha D. Leonor (4/03/2014) |
Fig. 3 - Vista do acesso rodoviário à antiga porta da E.S. Rainha D. Leonor (4/03/2014) |
terça-feira, 4 de março de 2014
Acesso à informação na Internet
Todos estes motivos de curiosidade ditaram, regra geral, uma presença forte na internet e redes sociais.
Lisboa não ficou de fora e tem promovido há já alguns anos o sítio oficial de internet e mais recentemente uma presença oficial na rede Facebook
Fig. 1 - Imagem retirada do facebook oficial da CML
Não nos podemos esquecer que, a ainda em curso, reforma administrativa, tem também como objetivo a descentralização de serviços e apela a uma melhor cooperação entre as 24 freguesias e os serviços do Município.
Apesar de ser fácil falar sobre as vantagens e desvantagens deste novo modelo de organização autárquica, talvez este seja um bom momento, para pensarmos um pouco mais sobre a acessibilidade da comunicação.
A Lisboa do século XXI, tem sido bastante bem cotada na visão turística e tem sido extensamente galardoada (ex. "os óscares do turismo"; "cidade mais cool da europa pela CNN"). Começam até os movimentos para elevar algumas zonas históricas da Cidade de Lisboa a Património da Humanidade.
Mas a Lisboa que surge neste início de 2014 é uma tentativa de trabalho em rede descentralizada, através da delegação de competências que são fundamentais para a manutenção de uma cidade moderna, cuidada e que continue a dar resposta às solicitações de moradores, turistas, estudantes e trabalhadores.
Todo este movimento de mudança desperta a necessidade de informação clara e de qualidade, muitas vezes em tempo real e disponível através de uma política de comunicação, pelo menos, 2.0.
Dou-vos como exemplo este próprio Blog, afinal de contas ele é pessoal e utiliza uma plataforma gratuita e generalista de produção de conteúdos. Resolvi utilizar o acess monitor, para verificar o nível de conformidade deste espaço e fiquei bastante preocupado com o resultado... mas e se fizermos o mesmo teste para outros sítios de Internet, por exemplo dos nossos orgãos autárquicos?
Muita conversa técnica poderia chegar a partir daqui, mas os resultados são de simples leitura numa escala do nível de conformidade que é crescente de "A" a "AAA". Se no caso deste espaço gratuito, sem preocupação e gratuito obtive uma classificação "A" o que dizer de autarquias que obtêm a mesma classificação?
Sobre a comunicação através da internet importará destacar que no passado dia 26 de Fevereiro de 2014, o Plenário do Parlamento Europeu deu um passo decisivo na afirmação de tornar os serviços públicos acessíveis também através da internet, ou pelo menos teremos criado alguma direção para os próximos 5-6 anos na transposição para o direito dos Estados Membro.
Poderemos achar que estamos a dar um passo na direção certa e que melhoraremos a nossa política de e-government, mas surpreendam-se por saber das notícias recentes de bom posicionamento Português.
Não esquecer que a acessibilidade na internet tem já um historial antigo, fundada na experiência de 25 anos do W3C, apesar de Portugal ter dado os primeiros passos sérios na integração do cidadão com deficiência na sociedade da informação através da Resolução do Conselho de Ministros nº 96/99, de 26 de Agosto (entretanto atualizada pela RCM 155/2007).
Será que caminharemos na caminho de uma verdadeira acessibilidade à informação, também no formato moderno do on-line?
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
O Bairro das Estacas foi à Assembleia de Freguesia
Hoje resolvi manter a coerência de levar as questões aos locais apropriados e dirigi-me à Assembleia de Freguesia,no períodos destinado à intervençãodo público, tendo por isso estado atento à convocatória desta reunião pública.