segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Depressão metropolitana

Interessante a visão da carruagem do metropolitano na linha verde pela manhã...

Acho que posso afirmar que "ainda sou do tempo", isto porque já levo  cerca de 15 anos de uma rotina de utilização regular do metropolitano. Ainda sou do tempo em que as caras me pareciam familiares, onde era fácil um desabafo do tipo "isto hoje está cheio" e onde observava bastante melho o que se passava.

O efeito social de ler as capas dos livros dos outros, de feito mirone alcançar as gordas do jornal alheio e incrédulo ouvir uma expressão habitualmente berrada "Tou no metro e não te oiço!".

Bom hoje, na viagem de casa para o trabalho, registo que:

- Ainda existe gente a ler livros no metropolitano,
- Observei a destreza de uma senhora, na casa dos 50,  a fazer um pequeno bordado,
- Pequeno grupo de senhoras que se encontram antes do trabalho, começando o social mais cedo
- Mas a esmagadora maioria vai agarrada ao smartphone, com a coluna cervical bem dobrada e sequiosos por encontrar um wi-fi (onde dou conta que me insiro e devo melhorar!)

Sinais do tempo...

E de pensar que o meu avô cortejou a minha avó na paragem de um elétrico em campo de ourique...e com subtileza dizia-me orgulhoso:
Era a forma de lhe ver os calcanhares quando subia ao carro elétrico em frente ao Canas...

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