sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Inclusão e acessibilidade

Há já algum tempo que me intriga o critério de seleção de quais serão as portas de acesso e saída do metropolitano na estação Roma, linha verde.

Esta estação integra o conjunto de estações originais do metropolitano, altura em que não existia uma preocupação evidente com a mobilidade reduzida ou mesmo a inclusão.Na verdade esta estação sofreu obras de beneficiação há alguns poucos anos, mas negou o acesso aos seus utentes com mobilidade reduzida.

O elevador existente faz o percurso da linha às bilheteiras, quase como que fazendo questão de deixar de fora os acessos difíceis e condicionados por limitações funcionais.

Curiosa a opção de manter o canal destinado a pessoas com mobilidade reduzida (ex. Pessoas com cadeiras de rodas, jovens surfistas com prancha, turistas com malas, etc) encerrado para o acesso à linha.

Começo a perguntar-me se o plano de acessibilidade pedonal não devia tocar também nesta realidade (sei que prevê tocar), ou se os operadores de transportes públicos não deveriam ser obrigado a cumprir alguns critérios que salvaguardassem a progressiva acessibilidade universal deste bem comum.

Registo que, na entrada do sentido Telheiras - Cais do Sodré, pelo nova porta criada pelas obras, o canal acessível serve apenas para sair.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

A cidade dos pequenos

Dia 20 Novembro celebramos o dia da declaração dos direitos da criança, texto fundamental que em 2014 alcança os seus 25 anos.

No interior deste texto diria que se encerram várias expressões que visam sempre dar voz àquilo que se entendeu chamar de "superior interesse da criança". Esse superior interesse poderia ser resumido como uma busca pela felicidade e o caminho encontra-se expresso nos seus artigos como forma de suprir as necessidades básicas das crianças neste caminho feliz.

É evidente a visão muitas vezes redutoras das capacidades limitadas das crianças ou até mesmo a atribuição de um estatuto quase equiparado a "estagiário de idade adulta".

A verdade é que a declaração dos direitos das crianças veio firmar o compromisso com a infância, com o respeito pelo processo de desenvolvimento pessoal e a garantia da individualidade do ser pessoa.

A verdade é que também a cidade, território repleto de desafios, aventuras e oportunidades de aprendizagem deve estar ao serviço dos mais pequenos.

É relevante no planeamento das nossas cidades desenvolvermos melhor a independência de mobilidade, a segurança e os espaço de aprendizagem informais.

Isto porque somos gente comprometida com a felicidade das crianças e sabemos que o futuro das nossas cidades a eles pertence.