Fig. 1 - Emblema da Cidade de Lisboa em Calçada Portuguesa na Av. Almirante Reis (27/06/2013) |
Registo com bastante alegria uma citação retiro do artigo do jornal "O Público":
"Pedro Homem de Gouveia, coordenador do Plano de Acessibilidade Pedonal da Câmara de Lisboa (CML), afirmou que “a cidade não está preparada para o tsunami demográfico que está a acontecer” – o envelhecimento da população"
Isto só me acresce uma preocupação, mas afinal os executivos autárquicos têm centrado a sua ação em manter a cidade na mesma situação demográfica ou será que temos tido ação para inverter a perda populacional (e talvez civilizacional)?
É simples a resposta, basta olharmos os documentos produzidos nos últimos tempos e observamos rapidamente que a Câmara Municipal de Lisboa, esboçou uma visão integrada para o envelhecimento ativo da sua população idosa, sendo o trabalho nas áreas de competência da Vereadora Ana Sara Brito, tendo vindo a público o Plano Gerontrológico Municipal.
Infelizmente ainda não consegui foi encontrar nenhum Plano Municipal para as crianças e jovens, até mesmo a própria prática dos Conselhos Municipais tem estado bastante aquém do expectável nesta Lisboa participativa e que começou a funcionar em rede.
Mas voltando ao tema da calçada, este debate tem sido focado no domínio da preservação do património cultural e histórico, nos traumatismos tíbio társicos e na alternativa por superfícies empedradas, o que me faz resgatar a rábula do Ricardo Araújo Pereira sobre este tema:
Vídeo 1 - Programa Mixórdia de Temáticas 15 "Pela Calçada Portuguesa"
Temo que Lisboa caminhe para uma eterna questão sobre materiais de construção e pouco sobre o investimento na pessoa, só espero que todo este debate, que é importante fazer-se, não consuma todas as energias sob pena de qualquer dia termos apenas as pedras da calçada a chorar pela falta de juventude em Lisboa.